Ilha Fiscal: conheça esse importante cenário do Brasil Império
Quem passeia pela Zona Portuária, no Centro do Rio, pode se pegar admirando a Ilha Fiscal, uma pequena ilha localizada na Baía de Guanabara, com o seu pequeno castelo que complementa a bonita paisagem. Mas, pouca gente sabe que esse foi um ponto importante do passado do Brasil, sendo palco do último baile do Império, que contou com presenças ilustres como Dom Pedro II, princesa Isabel, Conde d’Eu e Visconde de Ouro Preto. Hoje, a Ilha Fiscal fica aberta à visitação e o passeio, além de proporcionar vistas inesquecíveis, é uma verdadeira aula de história do Brasil.
Quer saber mais sobre esse cenário de um dos bailes mais importantes do Império? Acompanhe esse artigo que a Rede Rio preparou e já comece a se organizar para conhecer e se encantar com a beleza da Ilha Fiscal.
História da Ilha Fiscal
No século XIX, quando o Rio ainda era a Capital do Brasil, o conselheiro do Ministério da Fazenda, José Antonio Saraiva, solicitou a construção de um posto da alfândega, a fim de aumentar o controle sobre as mercadorias que chegavam ao Brasil por meio do Porto. A Ilha Fiscal, que era denominada na época como Ilha dos Ratos, foi a escolhida devido à localização privilegiada, na baía de Guanabara e bem próximo ao centro da cidade.
A decisão de construir o posto alfandegário, bem como de todos os detalhes arquitetônicos da construção, ficaram a cargo do próprio Dom Pedro II, que tinha como objetivo não conflitar com a paisagem natural da ilha.
Dessa forma, foi escolhido a construção de um pequeno castelo, em estilo gótico-provençal, com projeto elaborado por Adolpho José Del Vecchio, baseado nas ideias do arquiteto francês Viollet-le-Duc. O projeto foi premiado na exposição da Academia Imperial de Belas Artes, graças à capacidade de se fazer vista de qualquer ponto onde os navios eram mastreados e, ainda assim, não interferiu de maneira brusca na bela paisagem natural da baía de Guanabara.
O castelo da Ilha Fiscal foi inaugurado no dia 27 de abril de 1889, em uma festa com a presença do Imperador e do Conde d’Eu, que foram até lá transportados pela galeota de Dom João VI. Nesse mesmo ano, em que houve a Proclamação da República, a Ilha Fiscal também foi o palco do último baile do Império, feito em homenagem aos oficiais do navio chileno Almirante Cochrane. O baile aconteceu no dia 9 de novembro, com a presença de toda a alta sociedade do Império e, apesar de ser dedicado oficialmente aos oficiais chilenos, a verdadeira intenção dos nobres da época era mostrar uma estabilidade da coroa, o que não aconteceu, já que o Brasil foi proclamado uma República Independente de Portugal apenas seis dias depois.
Em setembro de 1893, irrompeu no Rio de Janeiro a chamada Revolta da Armada. Na ocasião, a Ilha Fiscal ficou em meio a um duelo de artilharia travado entre as Fortalezas leais ao governo, e os navios e fortalezas da Ilha das Cobras e da Ilha de Villegagnon, que estavam em posse dos revoltosos. A edificação sofreu muitos danos e, para poupar o governo dos gastos para a sua restauração, a Ilha foi entregue ao Ministério da Marinha que, em troca, cedeu um edifício para que a alfândega funcionasse. A troca aconteceu apenas 20 anos, no ano de 1913 e, a partir de então, a Marinha passou a utilizar o palacete da Ilha Fiscal como um prédio administrativo. A última organização militar que permaneceu na Ilha foi o Grupamento de Navios Hidroceanográficos, até março de 1998. A partir dessa data a Marinha adotou como parte da política de valorização da memória naval abrir ao público o conjunto, que também incluía a Ilha das Cobras, e mostrar aos visitantes, além das belezas desse prédio histórico, a contribuição da Marinha do Brasil no desenvolvimento de áreas fundamentais do país como o social, o científico e o tecnológico.
Como visitar a Ilha Fiscal?
Ainda que seja um ponto do Rio visualizado por todos que passam pela Zona Portuária, pouca gente sabe que é possível visitar a Ilha Fiscal e que esse passeio, além de mostrar paisagens maravilhosas, pode apresentar uma boa parte da história do Brasil Império. Na Ilha, os visitantes podem conhecer o Palácio e o Espaço Cultural da Marinha, em uma visita de aproximadamente 1h20. O acesso à Ilha Fiscal é feito por meio de uma escuna, que parte do cais da Marinha, localizado na Zona Portuária, de quinta a domingo, em três horários: 12h30, 14h e 15h30. No mesmo passeio, ainda é possível conhecer o Navio Bauru, que participou da Segunda Guerra Mundial e fica atracado no píer, assim como o Submarino Riachuelo. A visitação de ambas as embarcações é feita de quarta a domingo, das 12h às 17h.
Hospede-se no Centro do Rio e fique próximo aos pontos turísticos!
A Ilha Fiscal, além de uma linda paisagem do Rio de Janeiro, é um importante elo entre o passado e o presente do país, já que foi construída durante um período de construção da identidade nacional e, ainda hoje, é um expositor do passado do povo brasileiro.
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