Conheça alguns lugares com achados arqueológicos no Centro do Rio

A arqueologia é ciência que utiliza processos como coleta e escavação para estudar os costumes e culturas dos povos antigos através de materiais como fósseis, artefatos e monumentos que restara da vida desses povos. Por meio dos achados arqueológicos, é possível entender como a sociedade funcionava, seus hábitos de consumo e, por isso, podem trazer respostas para muitos questionamentos que temos até os dias atuais.

Por ser uma cidade antiga, que, desde o início da sua ocupação, recebeu povos de diversas origens, o Rio é um local em que a cada escavação são encontrados importantes achados arqueológicos, datados do período colonial ou antes.

Se você se interessa por arqueologia e deseja conhecer alguns lugares com achados arqueológicos no Centro do Rio, confira esse artigo que a Rede Rio preparou para você.

Conheça alguns locais com os achados arqueológicos do Rio

Cais do Valongo

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Nomeado como um dos Patrimônios Mundiais Da Humanidade pela Unesco, o Cais do Valongo é um local que remete ao passado colonial e escravagista brasileiro. Foi uma das principais portas de entrada de escravos africanos no país até meados do século XIX e, hoje, é considerado um dos mais ricos e completos achados arqueológicos sobre escravos negros já descoberto em todo mundo. Foram aproximadamente noves meses de escavações, nos quais foram enchidos quase sete containers com milhares de objetos, como colares, pedras e amuletos. A área escavada tem em torno de quatro mil metros quadrados e o Cais do Valongo é de grande importância para reconhecer os horrores da escravidão e contribuir para a reparação da memória nacional.

O sítio arqueológico Cais do Valongo fica localizado na avenida Barão de Tefé, a apenas alguns minutos do hotel Pompeu.

Cemitério dos Pretos Novos

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Criado pelo marquês de Lavradio, por volta de 1780, o Cemitério dos Pretos Novos era utilizado para enterrar escravos africanos que já chegavam doentes ao Brasil. Foi descoberto, por acaso, na década de 90, quando os moradores de uma casa erguida sobre o terreno decidiram fazer uma obra. Estima-se que cerca de 30 mil pessoas de origem africana foram enterradas neste cemitério e, além de restos de esqueletos, estão entre os achados arqueológicos materiais da cultura africana, como adornos de contas. Hoje, a área onde o cemitério funcionava é aberta como um Memorial. Ao todo, foram encontradas 28 ossadas, com predomínio do sexo masculino, entre 18 e 25 anos. Como nenhuma peça foi encontrada completa, demonstra que se tratava de um cemitério de covas, onde os corpos eram jogados uns sobre os outros, o que comprova a falta de respeito e a brutalidade com que os negros recém-chegados à Colônia eram tratados.

O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos está na rua Pedro Ernesto, no Centro do Rio. Para facilitar o seu passeio por esse importante memorial da resistência negra da cidade, você pode se hospedar no hotel Gamboa, que fica a apenas 10 minutos do Instituto.

Igreja de Santo Antônio dos Pobres

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As escavações no prédio, que fica localizado entre a rua dos Inválidos e a rua do Senado, ocorreram entre 2010 e 2012 e renderam diversos achados arqueológicos, como o piso e parte da fundação da primeira Igreja ali construída, no ano de 1811 e ossadas de 226 pessoas que foram enterradas no antigo cemitério que funcionava no terreno onde a Igreja foi erguida. Além disso, foram encontradas moedas do século XIX, ossos de boi, garrafas e vidros de perfume e elixir. Diante dessas descobertas, foi possível deduzir mais sobre os hábitos de consumo dos moradores e comerciantes que viviam nesse entorno e sobre a própria ocupação urbana.

Para conhecer os achados arqueológicos da Igreja de Santo Antônio dos Pobres, você pode se hospedar no hotel Arosa, que fica a apenas alguns minutos de caminhada do templo.

Igreja Nossa Senhora do Carmo (Antiga Sé)

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Palco de grandes momentos da história do Brasil, como a coroação de Dom Pedro I e Dom Pedro II, além de cenário dos grandes casamentos reais, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo foi construída pouco antes da ocupação portuguesa no Rio, como uma pequena igrejinha em homenagem à Nossa Senhora do Ó. Em 1971, devido à precariedade da primeira construção, que desabou, foi erguido um novo templo.

Em 2007, a Igreja passou por obras, em face às comemorações dos 200 anos da chegada da Família Real. Durante as escavações, foram encontrados diversos achados arqueológicos,
como uma paliçada, a primeira prova de que houve presença de europeus no Rio bem antes da fundação da cidade. As escavações revelaram ainda indícios de três ocupações diferentes. Foi descoberto também que esse terreno era uma antiga aldeia tupi-guarani, e uma fogueira pré-histórica, que era uma espécie de cerca, que constituía uma fortificação.

Museu de Arte do Rio

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Localizado em uma região que era conhecida como Largo da Prainha, em uma área de 400 metros quadrados, uma equipe de arqueólogos encontrou achados arqueológicos capazes de encher dois containers. Entre eles, estão vestígios de antigos trapiches e de uma estrutura de tábuas, que é identificada como um estaleiro do século XVIII. Foram achados também azulejos holandeses e franceses, moedas, cachimbos, botões de madeira e madrepérola, solas de sapato porcelanas da Companhia das Índias.

As peças fazem parte do acervo de achados arqueológicos do MAR, que fica localizado na Praça Mauá, Zona Portuária do Rio e bem perto do hotel Pompeu.

Sítio das Marrecas

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Esse é um sítio arqueológico localizado em um terreno de 5600 metros quadrados, entre as ruas Evaristo da Veiga e Marrecas, no Centro do Rio. A descoberta dos achados arqueológicos se deu devido ao monitoramento da construção de um edifício comercial no local, em que foram encontrados os alicerces do Hospício de Jerusalém, que existiu a partir de 1733, além de cerâmicas indígenas, porcelanas chinesas e telhas coloniais. Além de vestígios de indígenas e europeus, foram encontradas evidências de escravos africanos como objetos de uso pessoal e artigos relacionados a cultos religiosos.

Os achados representam, para os arqueólogos, um indício de que os grupos de origem da população carioca, ou seja, europeus, índios e africanos, interagiram em um mesmo espaço nos primeiros séculos de colonização.

Por meio dos achados arqueológicos, é possível entender o passado do Rio de Janeiro e do Brasil, além de tentar encontrar respostas para os enigmas do presente. Exatamente por manter esse elo do passado com o presente, o Centro do Rio é um local ideal para receber visitantes, devido à modernidade aliada aos prédios históricos e vestígios do Rio Antigo.
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