Roteiro cultural para passeio em Santa Teresa
O bairro de Santa Teresa é um dos mais famosos do Rio de Janeiro, devido à sua beleza e ambiente boêmio, conseguindo atrair inúmeros turistas ao longo do ano. Localizado no Centro do Rio, acima de uma colina, o passeio em Santa Teresa proporciona visões privilegiadas e panorâmicas da famosa Baía de Guanabara e da Zona sul, além de construções históricas do século XIX, casarões construídos até os anos 1940 e a conservação do bonde (bondinho como é mais conhecido) como meio de transporte até os dias de hoje.
Como alguns bairros históricos da Zona Sul do Rio, o passar do tempo causou uma perda de seu status como bairro nobre, entretanto, ao longo dos anos, o amor por Santa Teresa persistiu, deixando-o conhecido como um bairro de interesse cultural e turístico.
Em 2009, um projeto de revitalização foi iniciado, alcançando, em 2012, o 26º lugar de local mais caro da cidade.
Para conhecer mais e saber como realizar seu passeio em Santa Teresa, continue lendo este artigo!
História do Bairro
O bairro de Santa Teresa surgiu a partir do Convento de Santa Teresa, no século XVIII. Inicialmente foi habitado pela classe alta da época, e, com isso, vários casarões e mansões foram construídos, com inspiração na arquitetura francesa da época, e muitos permanecem atualmente. Além da classe alta, recebeu, ao longo de sua existência, imigrantes europeus.
Em 1872, o bondinho foi implantado, que mais tarde tornaria-se o símbolo do bairro, subindo as Ruas Joaquim Murtinho e Almirante Alexandrino. Inicialmente, o bonde era tracionado por muares. Depois, foi dotado de motores e rede elétrica. O passeio em Santa Teresa pelo bonde vai do bairro ao Centro da cidade, passando pelos Arcos da Lapa.
Como chegar em Santa Teresa?
A melhor opção é, sem dúvidas, o bonde. A estação inicial fica na Rua Lélio Gama, próximo à estação de metrô Carioca, com saídas a cada 30 minutos. O passeio custa R$20, incluindo a volta. Os moradores cadastrados, estudantes da rede pública com uniforme e vale estudante, idosos (acima de 60 anos) com CPF e portadores de vale social possuem gratuidade no serviço.
Existem outras formas de realizar seu passeio em Santa Teresa, como ir de táxi ou a pé da Lapa, bairro carioca próximo a Santa Teresa. Caso estiver vindo do aeroporto de Santos Dumont, a ida de táxi leva cerca de 10 minutos.
O que fazer no passeio em Santa Teresa?
Escadaria Selarón
Seu nome original, na verdade, era Escadaria do Convento de Santa Teresa, porém o artista plástico chileno Jorge Selarón, que realizou tudo com seu próprio dinheiro dos quadros que vendia, tornou o local um dos pontos turísticos mais procurados. A Escadaria Selarón é um dos locais mais procurados e visitados no bairro, esbanjando 215 degraus revestidos por azulejos coloridos, estampados com frases e artes de diferentes tamanhos.
Ele iniciou a obra sozinho em 1994 e, antes do ano 2000, conseguiu concluir os 215 degraus e 125 metros da escadaria, contando, inclusive, com a ajuda internacional de fãs.
Em 2005, a Escadaria Selarón foi tombada pela prefeitura, oferecendo ao artista o título de cidadão honorário do Rio de Janeiro.
A escadaria liga a Ladeira de Santa Teresa à Rua Joaquim Silva, na Lapa. Você pode chegar no local com o metrô, até a estação Cinelândia, e realizar seu passeio em Santa Teresa a pé, até a Rua Manuel Carneiro.
Parque das Ruínas
Da Escadaria Selarón, basta andar 650 metros até chegar ao Parque das Ruínas. É um casarão onde morou Laurinda dos Santos Lobo, personalidade da alta sociedade carioca, que costumavam reunir intelectuais e artistas em festas e eventos nos anos 20, servindo de ponto de encontro do modernismo carioca.
O parque fica na Rua Murtinho Nobre, 169 e abre de terça a domingo, das 8h às 18h.
O palacete teve sua restauração em 1993, após um tempo de abandono, saqueamento e invasão, sendo transformado no espaço cultural, atualmente chamado de Parque das Ruínas.
Dele é possível ter uma vista panorâmica para a Baía de Guanabara, Pão de Açúcar, Orla e os Arcos da Lapa. Para os amantes da fotografia, o local é ideal para ensaios ou até mesmo das próprias paisagens. Nele também ocorrem exposições e programação infantil nos fins de semana.
Museu da Chácara do Céu
Ao lado do Parque das Ruínas, é possível complementar o seu passeio em Santa Teresa com uma visita no Museu da Chácara do Céu. Os Museus Castro Maya – Museu do Açude, no Alto da Boa Vista e o Museu da Chácara do Céu – foram residências do empresário Raymundo Ottoni de Castro Maya, que por ele foram doadas à Fundação que carregava seu nome, criada em 1963, seguindo até ser extinta em 1983, ano em que ambos os museus foram incorporados ao governo brasileiro e, atualmente, integram o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), do Ministério da Cultura.
Na ambientação do museu, contamos com alguns cômodos ainda mobiliados e ambientados de forma que preservem o caráter de moradia. Quanto ao seu acervo, é dividido em três partes: Brasileira, Européia e Brasiliana.
O Museu Chácara do Céu possui entrada franca às quartas, e não funciona nos dias primeiros do mês.
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